quinta-feira, 30 de junho de 2011

Encafifada


Quem me acompanha e não desistiu de mim até hoje (rsrs ), sabe que sou uma pessoa encafifada. Há também os sádicos e os masoquistas, que mesmo não gostando do que escrevo ou penso, ainda assim, vem aqui conferir e me deixar um ou outro, raros, comentários anônimos.
Podem me chamar de louca, de ciclotímica (acho que o nome é esse), de bipolar....eu, sinceramente, não sei o que eu sou. Tenho períodos de intensa alegria, de euforia, de melancolia e todas as " ias " que há nos dicionários...Tenho períodos de tristeza imensa, de me sentir dentro de um buraco sem fundo...Sou questionadora, reflexiva, abusada e às vezes, metida. Sou mesmo desmedida. E sou extremamente sensível, tenho mesmo alma de artista, mas a parte louca e intranquila dos artistas, não a glamourosa e que deveria causar inveja.
Acontece que já me aceito assim. Nasci desse jeito. Muitas vezes, muito chata e outras vezes, muito bacana. Como a maioria das pessoas. Tenho um gênio difícil? Tenho. Sei disso? Sei. Procuro melhorar? Procuro, embora nem sempre consiga...
Mas não é para falar disso que resolvi escrever esse post. É para falar sobre uns pensamentos que têm me acompanhado muito ultimamente:
Vivemos a vida como se pensássemos que a enganamos. Cada dia vivido é como uma rasteira na morte:   -Ainda não foi hoje! Iupi! Só que raramente nos damos conta disto.
Vivemos cada dia sem pensar nela, sem pensar que amanhã poderemos não estar mais aqui...E isso não é morbidez, é reflexão. Às vezes tenho pensado que me desespero por coisas tão banais, problemas que me parecem enormes e que pluft, se eu morrer, eles desaparecerão comigo...E que eu terei gasto tanto tempo inútil com elas...Mas, quando a gente atravessa uma tempestade só quer sair dela, não pensa que pode morrer "dela", pois o instinto de sobrevivência fala sempre mais alto.
Noites insones, discussões inúteis, destemperos, aborrecimentos, orgulho, estupidez. Tudo pra que? Para nada.
Ou melhor, para tudo...porque nós, os seres humanos, damos valor demais à nós mesmos. Nos achamos os reis da cocada preta, os donos da verdade, os decisivos, os mais mais, os escolhidos.
Pensamos sim. E não vá me dizer, você que me lê, que nunca se achou assim. Não seja falso com você mesmo, leitor/a.
Achamos que somos os bons, os tais, que não merecemos o jeito como muitas vezes somos tratados, que somos vítimas, as eternas vítimas dos outros. Ou da vida.
É chato admitir isso, eu sei. Mas hoje, durante o banho, enquanto a água caía quente sobre o meu corpo e a olhei escorrendo pelo ralo, pensei:
Somos isso. A cada dia, um pouco mais se vai pelo ralo e não importa se somos presidentes, papas, mendigos, arrogantes, cidadãos que pagam seus impostos ou ladrõezinhos baratos...um dia, não sobra mais nada da gente...Um dia a morte deixa de fingir que brinca de esconde esconde conosco e nos dá o abraço fatal.
Aí, meus amigos/as, de nada adianta ser milionário ou pobretão...sumimos pelo ralo. Estou falando o óbvio, sim, mas muita gente vai vivendo a vida sem pensar muito nisso.
Eu, encafifada que sou, penso nisso quase todos os dias. Para o bem ou para o mal. E ainda não cheguei à conclusão nenhuma, mas estou perto, bem perto...pelo menos, eu acho...
Enquanto isso, um brinde ao hoje! Um brinde à Vida! Com Café, é claro!
Salut!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Junho Quase Julho

Terminei....
Estou meio vazia, me sentindo oca, após um ano convivendo com pessoas que inventei, algumas reais, outras não, lugares imaginados de um tempo que passou...
Foi um prazer enorme passar doze meses ao lado deles, criá-los e ao mesmo tempo estou triste...com saudades...
Coisas de escritor? Talvez...Só sei que ficou um vazio, um buraco na alma.
Louca para ver meus personagens de volta à vida, de mão em mão, espalhando o encantamento que senti ao escrever esta estória.
Abro minha gaveta de coisas antigas que passou tanto tempo fechada...tiro a tampa do vidro cuja essência só eu sei o cheiro...Vontade de mostrar, dizer, contar...
Mês de junho, quase julho...um ano de risos e lágrimas, de dor e prazer. Comi e bebi com eles ao meu lado, na minha cabeça, montados em meus ombros...Sonhei, noite após noite...escrevi enquanto dormia...
Terminei...Mas o FIM é só o começo.....

terça-feira, 28 de junho de 2011

A Favor da Vida e do Amor

A Parada Gay de São Paulo causou uma grande polêmica porque usou (lindamente, por sinal) imagens de belos homens como se fossem santos, fazendo uma campanha a favor do uso de preservativo, coisa que a igreja católica condena. Acho que prefere gente doente ou morta do que abrir a cabeça à reflexão e aos novos tempos em que AIDS mata.
Queria saber o seguinte: O que a igreja católica tem a ver com isso? Aliás, o que as igrejas, de modo geral, têm a ver com o lugar onde as pessoas colocam os seus pênis ou suas vulvas (palavra feia, aff).
Deveriam se preocupar com a pobreza, a miséria, os pedófilos, isso sim!
E ainda dizem aos seus fiéis para não usar camisinha porque sexo é só para procriação. Eu hein? Se fosse assim, depois da menopausa todas as mulheres seriam condenadas ao celibato. Como se debaixo de tanta hipocrisia eles fossem os donos da verdade e da razão. Eu não acredito em santos, porque devo respeitar as imagens, como se religiosa fosse?

Se não se abrir os olhos, daqui a pouco, com o recrudescimento de valores ultrapassados, o Brasil vai ficar igualzinho a certas correntes muçulmanas que mandam matar quem faz charge com Maomé. A constituição brasileira prega que o Estado é laico. Cada um acredita no que entende e quer e nem todos são católicos, evangélicos ou umbandistas ou crêem em algum deus.
Sou a favor, como já disse várias vezes antes, à total e irrestrita liberdade de expressão.
O que fizeram nesses cartazes foi Arte.  E Arte criativa. Arte a favor da Vida.
Eu apóio.
Assim como acho que quem é contra tem o direito de expressar sua opinião, sem enfiá-la goela abaixo dos demais...
Discordar é salutar, faz pensar. Só não aceito que as igrejas se arvorem no direito de dizer o que é bom ou ruim para todos.
Que orientem seus rebanhos e que eles aquiesçam, como rebanho que são, aos seus mandamentos.
Eu, como sou herege, atéia e para alguns, vou arder no fogo do inferno, discordo e coloco aqui minha discordância, pois esta é minha tribuna e meu território do livre pensar.
Sou a Favor da Vida e do Amor! "Qualquer maneira de Amor vale a pena!"
USE CAMISINHA!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Combinado

Combinei com o tempo que vai fazer frio por esses dias....
Fiz um acordo com ele para que passe bem devagar
E me deixe ver os ipês floridos
E chame a minha atenção para as flores de maio
Retardatárias, tão cheias de vontades, que só agora, quase julho, resolveram florir.

Combinei com o tempo que ele espere um pouco
E me faça sorrir mais
E que as cem coisas a fazer todos os dias não sejam tão enfadonhas
Fiz um trato com os relógios da casa
Pedi mais tempo para mim
Tempo para ouvir o silêncio
E para falar por mais algum tempo com os que já partiram...

Andei ouvindo as suas vozes
Contando-me coisas antigas
Como se o tempo tivesse retrocedido
E eu, buscado lá atrás, o que realmente me interessa...
Esse acordo foi firmado, sem assinatura ou cartório
Pedi ao tempo um momento
Para olhar o céu e a chuva
Sentindo na alma o sopro do vento
De um século que não mais existe

Saboreio um chá
Que me chegou de terras distantes
Tem sabor de amizade e carinho
Tem um quê adocicado das terras portuguesas
Meus pés estão frios
Mas as mãos, aquecidas
Pela escrita e pela memória
Já sinto saudades do que estou prestes a terminar
Como se me esvaziasse de mim mesma e de tantos outros que me povoaram
Durante um ano, a cabeça e os sonhos
Lá fora, a chuva cai
Enquanto escrevo as últimas páginas...
Faz frio, como combinei com o tempo
Queria que fosse assim
O ar gelado me é agradável
Meu coração mantém-se aquecido
Pelo prazer de ter feito o tempo retroceder
E tê-lo colocado lá, para sempre, em letras, alfabetos, sinais
Meu legado, uma estória dentro da história
Que o tempo, este senhor que tudo pode
Me permita
Vê-lo impresso e dando, a outros, o prazer que me deu
Ao voltar no tempo
E escrever sobre o que vi em meus sonhos...
Combinei com o tempo
Cumpri meu trato
E ele, o seu.
Agora, esperar..........................

domingo, 26 de junho de 2011

Aquela Coca Cola Toda*

Para mim, esse anúncio da Coca Cola possui uma das melhores e mais emocionantes mensagens dos últimos anos. Propaganda também pode ser genial.



Uma ótima semana A TODOS! Acreditando que os bons são maioria!


* gíria usada no Rio para dizer que uma coisa é muito boa. Ex: Fulano não é "aquela Coca Cola toda" que pensa que é...já essa propaganda É aquela Coca Cola toda!

Quem Tem Medo de Woody Allen?

Fui ver Meia Noite em Paris, o novo filme de Woody Allen, e, claro, me apaixonei.
Primeiro porque é uma das minhas viagens de sonho, como já falei aqui tantas vezes, segundo porque o filme trata de um universo que eu conheço bem que é o da Geração Perdida, de escritores, artistas e pintores que faziam da casa de Gertrud Stein um local de encontros e festas.
Bem, mas Woody Allen não é meu cineasta favorito...alguns filmes dele são bastante chatos. Já vi vários filmes seus e o acho genial em alguns, mas, mediano e péssimo em outros. Há gente que diz que "mesmo um Woody Allen ruim é um filme bom". Não concordo e cresci vendo, ouvindo e lendo sobre o cineasta. Acho que ele tem altos e baixos. Fez filmes geniais e outros péssimos. Claro que é gosto pessoal, mas tenho minhas idiossincrasias e até mesmo uma certa desconfiança de quem vira unanimidade...
Bem, mas voltando ao filme: Claro que fiquei louca, mais ainda, por Paris...Fiquei ainda com mais vontade de conhecer a Cidade Luz, onde os moradores não respondem a quem fala inglês (e isso, particularmente, adoro!), onde os cafés continuam os mesmos dos anos 20, onde os mercados de pulgas são carésimos, onde  se tem a impressão de que os franceses sabem apreciar a vida e amar a sua cidade, eles têm o charme do "joieux de vivre".
Amei a maneira como o Woody deprecia o consumismo e a alienação americanas, seu imediatismo fútil por tudo o que é de fácil depreensão. Fazendo uma crítica, nada sutil, a quem prefere ir às compras em vez de visitar museus. Enfim, eu adorei o filme...é daqueles que dá vontade de ir ver novamente. E, imagino que para quem conheça bem Paris deva ser uma delícia reconhecer as ruas, os cafés, os lugares que o filme mostra.
Agora, pasmem: Li essa semana, num jornal, que comprar um apartamento em Paris está mais barato do que comprar um no Leblon, no Rio. Os tempos estão loucos. Pena que não seja a loucura lúcida, criativa e esplendorosa dos 20's.
Ah! E eu, "sou" totalmente Hemingway!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

A Liberdade de Expressão, O Grotesco e A Democracia

Hoje o blog Suma Irracional está entrevistando o humorista Rafael Mazzi e faz a seguinte pergunta aos leitores:  O Que Você Acha Engraçado.
O meu amigo Roy, do Suma, me mandou por email essa questão que anda sendo debatida pela internet e sobre o qual a minha amiga Luma já havia falado também.
Eis o que respondi ao Roy:

"Não, não vejo esse tipo de site, não me interesso por esse tipo de humor...mas vi no blog da Luma ela falando algo a respeito. se for sobre isso, sei que eles andaram fazendo piadas grosseiras com mulheres, sobre estupro etc, não foi isso?
Bem Roy, minha opinião é a seguinte: sou a favor da liberdade de expressão, ampla e irrestrita...Ouve quem quer, lê quem quer, aceita a afronta ou a grosseria quem quer...Acho que as pessoas podem falar ou escrever sobre o que quiserem. Chega de patrulha ideológica! Nosso país já viveu muitos anos sob uma ditadura funesta pra ainda ter esse tipo de discussão, se pode isso, se é politicamente correto aquilo...não gosto de, e nem vejo TV aberta, nunca vi esse tal de CQC, mas meus filhos vêem, às vezes, conheço gente que vê...acho que muito pior é essa bancada evangélica querendo patrulhar os homoafetivos. Mas até eles têm o direito de reclamar...Outro dia li uma frase muito interessante sobre a verdadeira democracia e o estado de direito: A VERDADEIRA DEMOCRACIA É OUVIR, LER OU VER O QUE NÃO CONCORDAMOS E, AINDA ASSIM, RESPEITAR O DIREITO DELES DE FALAR, ESCREVER OU MOSTRAR, MESMO DISCORDANDO....Genial isso, não acha?
Enfim, é assim que penso e tenho tentado pensar, mesmo quando discordo...
beijos,"

O negócio é o seguinte: Meu blog é meu, emito nele as opiniões que desejo, falo sobre o que quero e do jeito que achar que devo. E penso que democracia de verdade é a que aceita todos os tipos de ideias, mesmo as grosseiras, as grotescas, as politicamente incorretas, as estapafúrdias.
Não acompanhei esse debate nos meios de comunicação porque, além de não ver TV aberta, não gosto desse tipo de humor que beira, e até por vezes, cai no grotesco. Mas acho que vê quem quer, se não gosta, é só mudar de canal, ouvir uma música, ler um livro...Há vida inteligente na Tv, mas também há muita bobagem, mais bobagem do que inteligência, aliás.
Muito pior do que piadas grosseiras é ver criancinhas de 2, 3 anos dançando e cantando funk, com letras de duplo sentido, descaradamente alusivas a atos sexuais ou fazendo gestos libidinosos em sua santa inocência...Muito pior do que isso é ver uma bancada evangélica tão forte e coercitiva que faz a presidente de nosso país voltar atrás em decisões tomadas. Muito pior do que isso é assistir à roubalheira que a família Sarney faz, ininterruptamente, durante 50 anos no Maranhão, deixando o povo à mingua enquanto sua fortuna cresce a cada dia. Mas até isso há que se aceitar pois foi a vontade do povo mantê-los lá, no lugar que ocupam.
Há muitas coisas piores do que piadas de mau gosto ou politicamente incorretas. Eu não gosto de programas humorísticos, não vejo graça em nada disso, mas acho que isso é balela perto do que acontece de grotesco, de aviltante e de anestesiador das consciências em nosso país. 
Estupro é o que nosso povo sofre calado e ainda, gozando há séculos.
Sou a favor da total liberdade de expressão, ainda mais atualmente, quando estamos beirando uma volta à época medieval com os homofóbicos, os evangélicos e as igrejas, de modo geral, querendo ditar o que é bom ou mau para as pessoas, como se fossem todos uns imbecis que precisassem da religião ou do estado como tutores.
Infelizmente nosso povo adora um cabresto, seja colocado pelos velhos coronéis que estão aí, até hoje no poder, seja colocado em nome de um deus fajuto. Nossa cultura é pobre, é rasa, é afeita aos cabrestos, à censura e à cangalha.
Cabe a nós, que conseguimos enxergar um pouco mais, que digamos não à qualquer tipo de censura à liberdade de expressão, ao direito de se falar o que se quer ou pensa...Vinte e um anos de silêncio, é tempo demais. Estamos desacostumados à liberdade, seja de ideias, pensamentos ou atos.
Essa discussão é tola...afinal, como disse um juiz da Suprema Corte americana, Potter Stewart: 
"A censura reflete a falta de confiança de uma sociedade nela mesma."

terça-feira, 21 de junho de 2011

Solstício De Inverno

Eu era bem pequena e meu pai possuía um calendário repleto de fotos com paisagens nevadas que eu adorava.
Ficava horas e horas olhando aquelas imagens cheias de gelo e neve e, não sei bem porque, tinha vontade de lamber as crostas de gelo, que eu associava, em minha imaginação infantil, à  pedaços gigantes de açúcar candy, como no conto do João e Maria e à casa de doces da velha bruxa....
Eram várias páginas, uma mais deslumbrante do que a outra, mostrando neve, rios congelados, casinhas cobertas com uma grossa camada de gelo, parecendo mesmo aquelas coberturas de glacê branco dos bolos de antigamente...puro açúcar de confeiteiro...
Eu olhava e olhava e não me cansava de olhar...Não sei bem porque meu pai guardava aquele calendário ano após ano, talvez, também ele, sonhando com paisagens distantes, com o dia em que veria a neve, com o dia em viajaria para um país gelado...Talvez fosse este o seu grande sonho: ver neve e paisagens brancas, tão aparentemente inalcançáveis para quem vive nos trópicos....
Um dia, tomei coragem e lhe pedi o calendário...e ele me deu. Guardei-o durante anos com carinho e sempre que o tirava de uma gaveta ou o encontrava por acaso, remexendo em minhas coisas, olhava-o distraída e me perdia novamente naquelas paisagens deslumbrantemente azuis e brancas e, associava, de imediato, aquelas brancuras geladas ao açúcar, às grandes coberturas cremosas, como chantilly cobrindo um bolo feito só para mim...Suspiros de neve com o gosto doce da infância...
Hoje, ao procurar fotos para falar sobre o solstício de inverno aqui no hemisfério sul, que tem a noite mais longa do ano, me deparei com essas lembranças...elas saltaram de uma gaveta perdida no tempo e pularam sobre mim, fazendo com que eu mudasse totalmente o rumo do que iria escrever...
Talvez seja a idade, talvez o momento que vivo, talvez o livro que ando terminando, não sei dizer a razão, mas minhas memórias têm voltado de uma forma tão intensa, tão bela...Belas sim, porque vêm com uma saudade que não tem mais dor. Trazem com elas somente uma nostalgia, como no livro de Proust, como uma busca suave de um tempo pedido. O sabor da infância que o palato já esqueceu, mas que a memória teima em trazer...
O calendário de meu pai, me trouxe uma lembrança doce, um pouco do açúcar daquele creme imaginário e que jamais provei...Tampouco ele...que deve ter deixado de realizar sonhos para que nós, seus filhos, pudéssemos sim, sonhar....

Dedico esse post de solstício de inverno aos sonhos e à possibilidade de os realizarmos...
E, à memória de meu pai, que morreu sem ter tido tempo de realizar os seus...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Dando Murro Em Ponta De Faca

Já falei sobre isso antes e vou tornar a falar. Não querendo ser chata, mas já sendo...Não quero dar aulas pra ninguém, até porque quem não tem base, quem não leu esses autores durante a vida, não pode mesmo reconhecer seus poemas e textos...Mas essa displicência anda me dando nos nervos.
Andam postando textos pelos blogs como sendo de Fernando Pessoa e William Shakespeare....
Gente, pelo amor dos meus filhinhos...Que é isso? Cada aberração que eu ando lendo por aí e ninguém fala nada, ou porque têm medo de magoar o blogueiro em questão ou porque ficam sem graça, ou porque não sabem mesmo...
Será possível que não saibam reconhecer um poema de Fernando Pessoa? Será possível que não notem que é impossível ser dele? Ou de Shakespeare?
Por favor, não peguem textos apócrifos no google,,,não joguem o nome desses escritores magníficos na lama...se não reconhecem a escrita do sujeito, seu estilo, não coloquem. Na dúvida, não coloquem.
E, por favor, não há coisa melhor para se reconhecer e conhecer um autor do que ler seus livros.
Leiam, leiam livros, não o google!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Um Livro, Óculos e Uma Caneta - Natureza Viva

Alguns poderão olhar esta foto e ver simplesmente, um livro, uns óculos e uma velha caneta tinteiro...
Pois, para mim, é meu primeiro livro, os óculos que me fazem enxergar e me possibilitam a escrita e a velha e usada, tantas vezes manipulada, Parker 51 que pertenceu ao meu pai. Trata-se de um natureza viva e pulsante.
Já contei a estória desta caneta aqui e aqui.
Meu livro não é nenhuma obra prima, é somente meu primeiro livro, onde coloquei minhas dores, angústias, dúvidas e respostas que encontrei em mim e nas mulheres à minha volta. Não será daqueles livros marcantes ou inesquecíveis. Tenho plena consciência das suas falhas, defeitos, erros mesmo. Mas não importa. É meu, foi o que consegui fazer e dar de mim naquele momento.
Não tenho sequer a pretensão de achar que todos deveriam gostar ou avaliá-lo como excelente.
Tenho tido ótimas avaliações, até de gente que nem conheço, como a mãe de uma amiga que me disse que leu, releu e tornou a ler, ou de uma amiga, inteligente e culta que me disse que ficou pasma ao ver como descrevi bem essa fase da vida das mulheres e de sua surpresa ao constatar como escrevo bem...acho que nunca havia lido o que escrevo por aqui...Tenho recebido emails, comentários, o livro está vendendo muito bem, já passou dos 250 exemplares vendidos, mas sei que não será um best seller e nem ouso pretender isto.
Enfim, sei que não sou um Tólstoi, um Machado, uma Lígia, sequer uma Martha...sei que engatinho na arte da escrita, tenho meus méritos, sei que escrevo bem, mas sei também que como eu, há milhares e muitos outros, melhores, mil vezes melhores, e não tenho a extrema vaidade que alguns supõem que eu tenha. Tenho-a na dose certa, pois sei do meu valor. Claro que fico feliz ao receber elogios. Fico feliz e me sinto orgulhosa do que fiz e do que tenho feito até agora.
Mas, não é sobre isso que vim falar hoje, ainda me restabelecendo da gripe. Vim falar sobre a caneta de meu pai, a velha e gasta Parker 51, que está guardada e é a minha fonte de inspiração, uma espécie de amuleto, pois veio parar em minhas mãos, nem me lembro mais como ou porque.
Eu me emociono todas as vezes que falo dela, porque ela me faz lembrar meu pai, que me dizia que publicaria meus poemas quando eu era adolescente e que partiu, num dos infartos que teve, quando eu tinha quinze anos...
Já falei sobre meu pai aqui, sobre a minha relação com ele em vários posts e sobre a sua ausência em minha vida nesta fase tão complicada que é a adolescência, mas, enfim, não quero me vitimizar e nem levar a coisa toda para um lado que não é de meu feitio. Sobrevivi à sua perda, virei mulher, casei e tive meus filhos e a caneta só me pareceu importante de uns anos para cá.
Acho que ela tem uma simbologia única, pois, ao olhá-la, sinto como se olhasse o meu pai. Ao tocá-la, sinto que um pedaço de meu pai, está ali, nas digitais deixadas, na pena torta pela sua escrita, nos resquícios de tinta azul turquesa que ele gostava de usar.
Então, escrevi hoje esse post, porque meu pai continua sendo meu mecenas, ainda que não mais esteja aqui há muitos anos, pois investiu em mim, na minha cultura, nos livros que me deixou, em tudo o que me transmitiu em ética e amor pelos livros, mas, principalmente, por ter acreditado em mim, quando eu era praticamente uma criança. Ele atestou o meu valor. Para mim, isso foi fundamental.
Ao olhar esta foto, com três coisas que simbolizam a minha primeira vitória, o primeiro passo na construção de um sonho sonhado lá atrás, numa outra esquina do tempo, senti vontade de escrever sobre isto e de como, apesar de tanta gente continuar me olhando de braços cruzados, gente com laços de sangue, gente que poderia ter me estendido a mão e não estendeu, eu, a filha temporã, a raspa do tacho, a que se lembrava tão pouco dele, sinto o olhar de meu pai, sinto seu toque, seu abraço perdido nas brumas do passado, seu aval, seu sorriso...Tudo isso, simplesmente, porque possuo a sua caneta. Uma velha e gasta Parker 51.
Obrigada a todos que tem me dado força e coragem para continuar. Obrigada, meu amado irmão Renato. Obrigada Paulo Bastos, meu amigo e fotógrafo que eternizou um momento, numa esquina do tempo chamada Saudade.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

De Molho...

Oi pessoal...vou ficar de molho pelos próximos dias, peguei uma gripe daquelas...meu corpinho está pedindo cama e escalda pés...Aliás, sabiam que ficar com os pés de molho em água quente, sal grosso e ervas frescas  é um santo remédio para a gripe?
Vou ficar debaixo das cobertas lendo e, se conseguir, escrevendo...Mais tarde, um escalda pés... Literalmente, vou ficar de molho...
Espero estar de volta em breve!
Beijos a todos,

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Amizade

Hoje eu gostaria de falar sobre a amizade. Não sobre a "amizade" bajuladora, que aplaude tudo o que a gente diz ou faz, mas sobre a amizade dos amigos que nos dão força diariamente, e, mesmo quando discordamos dele ou ele de nós, ainda assim, continuamos nos gostando e respeitando.
Tenho visto muita gente aqui, nos blogs, se dizendo amigos, amicíssimos de gente que nem conhece, com quem mal trocou um ou dois emails.
Hellouuuu!!!! Amizade não é isso...isso pode ser coleguismo, ter coisas em comum, pensamentos parecidos...mas amizade é outra coisa! Muito diferente!
Só se pode chamar de amigo, daqueles de verdade, alguém que nos conhece, às vezes até mais do que nós mesmos. Existem amigos virtuais, claro, amigos com quem trocamos tantos emails que nos conhecem a alma. Eu mesma tenho alguns amigos assim, aqui e espalhados pelo mundo. Com quem tenho tanto em comum, tanto a dizer e ouvir que posso chamar de amigo/a.
Mas, sinceramente, só se conhece alguém de verdade, quando nos colocamos frente a frente com ele. Quando olhamos nos olhos e convivemos. E podemos ver, entre gestos, entre frases o que ele não diz ou não  disse. Aí sim, se conhece alguém, se sabe quem é a pessoa. E, muitas vezes, cai a máscara.
Porque, virtualmente é muito fácil ser cordato, legal, "bonzinho".
Há um dito que diz que ama-se alguém, de verdade, não por causa de, mas apesar de. Porque, realmente, é fácil amar alguém por causa de suas qualidades, por causa do que ele pode nos proporcionar, por sua disponibilidade e generosidade. Agora, amar alguém que nos aponta os defeitos, que nos leva a pensar, a questionar e a refletir, isso é que é difícil.
Da mesma maneira que é muito fácil ser "bonzinho" de longe...Ai, como abomino os bonzinhos, os presentes demais, pegajosos demais, piegas demais. Os que dizem que está sempre tudo bem com ele, com sua maravilhosa família sem um ínfimo defeito, sem um minúsculo problema...Estes são os perigosos, os falsos, os duas caras. Os que usam uma máscara para sair na rua. Destes tenho medo...Dos que são transparentes, dos que se mostram, dos que não tem medo de levar um tapa na cara, com estes sei lidar, estes são meus iguais, neles sei que posso confiar.
Porque o mundo virtual está pululando de gente assim, como na vida. A pieguice que me dá ânsias. O puxa saquismo me causa enjôos. O medo de ser mal interpretado, o cuidado com as palavras, o mau trato às palavras.. A mediocridade impera. A obviedade manda. O popular é que é o bom, porque é de fácil depreensão. Todo mundo se auto censurando...Que nojo!
Amigo para mim, é aquele que não manda recado, diz na lata o que pensa. Amizade para mim, tem que ser genuína, embora às vezes fira e magoe. Mas, como tudo o que arde, cura, mostrando aí, sim, que é amizade verdadeira e desinteressada.
Uma coisa eu aprendi: Jamais confiar nos bonzinhos, jamais dar crédito à boçalidade.
Não, não dou meu aval ao boçal e ao medíocre. Jamais me verão cobrando algo de alguém, quer seja opinião sobre meu livro, quer seja visitas ao meu blog. Jamais me verão bajulando alguém porque pode me render frutos futuros.
Como já disse aqui, várias vezes, eu só faço o que minha consciência manda, o que acho que devo e, principalmente, o que quero.
Não agrado a ninguém esperando algo em troca. Fiz inúmeros desafetos aqui, sei disto, mas não vou mudar por este motivo.
Penso sempre que quem abandona o meu blog, é porque vai dar lugar à gente melhor. E é o que tem acontecido. E quem não concordar ou aceitar meu jeito, é um favor que me faz dando o fora e não voltando mais. Grazias!
Bem, tudo isso foi para falar da amizade e de uma grande amiga que fiz aqui, a Beth, do blog Mãe Gaia. Não vou ficar enumerando suas qualidades, pois já o fiz diversas vezes, muito menos falando dos seus defeitos (sim, porque elas os têm, e muitos, como todo ser humano).
Só queria dizer que mesmo com nossos defeitos, nossas (muitas) diferenças no pensar e no agir, nos amamos, como irmãs, nos respeitando e sabendo, que mesmo sem nos ver, sabemos que a outra está lá, à nossa espera, e de braços abertos, com seu ombro amigo, ouvidos atentos e a força que só um amigo sabe dar ao outro. Amizade, de verdade, real, legítima.
Dedico esse post à Beth e também a uma amiga recente e também muito querida, a Calu que tem me mostrado que amizade é uma rua de mão e contra mão, é preciso saber dar e também receber. Ouvir e falar, nas horas certas. Tem me dado seu ombro amigo e eu, à ela. Olhos nos olhos, já lemos a alma uma da outra, e garanto a vocês (quem aguentou ler até aqui): outra Amiga com A que encontrei por aqui.
Beijos às duas, e aos grandes e verdadeiros amigos que fiz aqui, mesmo sem nunca ter-lhes posto os olhos em cima...

sábado, 11 de junho de 2011

É Hoje! Noite de Autógrafos da Miguxa!

Hoje é o dia D da minha querida Miguxa.
Às 19 hs, na Editora Multifoco , na Lapa, no mesmo lugar onde lancei o meu livro, a escritora Mila Viegas estará autografando o seu livro infantil: Nicola, a borboleta de uma asa só.
Com o auxílio luxuoso da minha filha, Thaís Leão, que ilustrou o livro e o fez ficar essa gracinha, como bem mostra a capa.
Quem puder e quiser, apareça por lá hoje!
Beijos e muito boa sorte pras minhas duas queridas!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Para Portugal e os Portugueses

Túmulo de Camões, nos Jerónimos. (foto minha)

Hoje é dia de homenagear nossa ancestralidade, a comunidade portuguesa e através dela, meus amigos, d'além mar.
Confesso que não sabia que havia este dia e que inclusive, hoje, é feriado em Portugal.
Ao visitar Portugal e lá colocar meus pés, pela primeira vez, senti um assombro e uma enorme admiração.
Ao ver a Torre de Belém e imaginar que os bravos navegadores, dali saíam, lançando-se num oceano que mal conheciam, sem saber o que os aguardava, enfrentando a morte, as tempestades, o Mar Tenebroso, não pude deixar de sentir orgulho de meus ancestrais, por sua coragem, desassombro, desejo de conquistas.
Muitos dirão: ambição desmedida, colonialismo de exploração e dizimação. Sim, também.
Mas haja coragem para fazer tudo isto!
Quem, dentre os povos de hoje em dia, teria coragem para o que eles fizeram?
Ao olhar por esta sacada da Torre de Belém (foto minha) e ver o Tejo batendo, em ondas espumantes, imaginei as naus, imensas, partindo dali em busca de sonhos, riquezas, terras, rumo a um horizonte que não  sabiam onde daria...E, senti um enorme orgulho de ter em mim o sangue lusitano, o sangue rubro que corre em minhas veias, percorrendo, tal como os galeões, rios que desaguam no grande oceano que é o meu coração.
Deixo aqui, meu abraço, meu imenso carinho e meu orgulho de pertencer, também eu, ao povo português.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Palavra da Vez: Foco



Foco - Rotina

Olho as batatas
enquanto as descasco
E perco o foco
Destampo as panelas
acendo o fogo
olho o lume
E perco o foco
Molho as plantas
ligo a máquina
penduro as roupas
E perco o foco

Cada gesto
cada tarefa
ingloria
inútil
que ninguém vê
Me leva
pra longe
desfoca
restringe
Minha alma
escritora
se perde
em tarefas
medíocres
diárias
comuns
Rotina
Retina
Desfocada

Desfoco
da alma
Enquanto faço coisas 
que detesto
minha cabeça
focada
no papel que me aguarda
na escrivaninha
E
na Vida

Brincadeira proposta pelo blog Suma Irracional do meu amigo Roy, aqui 

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Mil Perdões

Peço mil perdões, mas ando meio reclusa.
Estou mergulhada nos meus escrevinhamentos e sem tempo de visitar todos os amigos.
Às vezes consigo fazer uma ou duas visitas, mas não posso me dar ao luxo de comentar em todos os blogs que sigo ou que me seguem.. Espero que  me compreendam.
Meu projeto, dessa vez, é grandioso. Se tudo continuar se encaminhando com está, vem aí, em breve um romance "de responsa", para aqueles que gostam de literatura de qualidade e à moda antiga.
Um romanção, daqueles dos bons...Assim espero, assim estou trabalhando arduamente, de dez à doze horas por dia, às vezes mais, nas pesquisas e na elaboração de um livro, que desejo, seja um grande livro.
Mil perdões a todos. Não é pouco caso. Agradeço demais aos comentários e ao carinho que venho recebendo, aos emails dos amigos e à força e apoio de todos.
Beijos, até qualquer hora!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Não Há Poesia Na Poesia

Não! Não há poesia na vida
Há dor, há lágrima, há sofrimento
Não poesia
Poesia são nossos olhos
que teimam
em ver
poesia
aonde não há
nada.

Precisamos de poesia
Como alguns
precisam de deus
Para preencher
o vazio
o completo nada
que é nossa
existência.

Vemos poesia
onde há vida
pura e simples
Vida
sem nenhum mistério
ou segredo
Tateamos
Procuramos
Sofregamente
Trôpegamente
Bêbados
cambaleando
pelos caminhos
pelas trilhas
que escolhemos

Entorpecidos
Ensandecidos
Loucos
vemos poesia
onde há
uma simples flor
e sua  lágrima
solitária
Num simples gotejar
que era tão somente
a chuva
ou o orvalho
a cair..........................................

domingo, 5 de junho de 2011

Há 27 Anos Atrás...

Nascia um menininho.
Menininho não, um meninão! 53 cm e 4kg e 80 grs. Minha barriga ficou descomunal a ponto do médico achar que eu estava grávida de gêmeos!
Nasceu calmo, tranquilão. Nunca me deu trabalho...A não ser aqueles, que toda mãe têm, quando chegam na adolescência.
Gabriel sempre teve alma antiga, como diz meu marido. Alma sábia, daquelas que falam as coisas certas, na hora certa. É um filho amoroso, maravilhoso, que têm dado à mim e ao pai, amparo e ajuda nas horas difíceis.
Aliás, meus filhos são "superbes"! Amigos, companheiros, compreensivos e leais. Nunca exigiram nada que não pudéssemos dar. Aliás nunca exigiram nada, porque os criamos com os pés no chão, sabendo que nada cai do céu, porque nada, nunca, caiu do céu para nós. Nunca tivemos nada fácil. Tudo foi conseguido às custas de muito esforço e trabalho árduo.
Nunca tiveram avós ricos ou quem lhes fizesse as vontades. Se falhamos em algumas coisas, nisso, não. Meus filhos são pessoas do Bem e dão valor a tudo o que têm.
Eu via os filhos de amigas minhas que foram criados junto com os meus, sendo mimados, bastando abrir a boca para dizer que desejavam algo, para no dia seguinte ganharem, dois, três iguais, de avós, pais, tios. Os meus não! Presentes, só nos aniversários e Natais. E no dia das crianças.
Ensinamos que muito mais importante do que Ter é Ser. E meus filhos SÃO!
Gabriel é igual ao tio (meu irmão) que fez aniversário ontem. Os dois, geminianos, calados e quietos, muito introspectivos, mas pessoas do melhor quilate. Amados aonde quer que vão, por todos, das mais diferentes classes sociais.
Meu filho trata a todos com humildade e respeito. Como lhe foi ensinado, que ninguém é melhor que ninguém e que todo trabalho é digno.
Meu arcanjo Gabriel foi um dos melhores presentes que a Vida me deu.

Ele e a irmã são os melhores amigos, e isso, desde que ele nasceu.
Thaís sempre o defendeu com unhas e dentes. Brigavam pouco, raras vezes. Os dois se amam, são amigos e companheiros desde pequenos, pois a diferença entre eles é de somente 3 anos.
Admiro muito isso entre meus filhos. Acho lindo vê-los vendo TV, um com a cabeça no ombro ou no colo do outro. Ou trocando confidências, companheiros de todas as horas que sempre foram e são.
O tempo passou rápido. Meu filho é um homem. Minha filha, uma mulher.
Para mim, serão sempre "pequeninos, como grão de milho" como no poema de Drummond.
Estarei sempre aqui, enquanto a Vida me permitir, acarinhando, amando, fazendo o melhor possível para vê-los felizes e desejando que sejam muito amados. Torcendo por eles, admirando cada conquista, aplaudindo-os de pé.
Ao meu filho querido, no dia em que nasceu, um dia lindo, Dia Mundial do Meio Ambiente, todo o meu amor imensurável de mãe. E o meu desejo de que a Vida o faça sempre feliz!
Com todo o meu amor, Felicidades, meu filho!
Muitos beijos da sua mãe,

sábado, 4 de junho de 2011

Aniversário do Blog E Fotos da Noite!

Paula, eu e Cida, grande amiga (a Elara do meu livro...rsrs)
Cynthia, um amor de amiga e blogueira e moi
Amigos de sempre: Dôra e o escritor, poeta, publicitário e membro da Academia Niteroiense de Letras, Paulo Roberto Cecchetti
Minhas lindinhas: Luíza e Bia
Allan, Thaís, eu e Luísa
Amigo dos tempos de UFRJ/ECO, Newton, surpresa boa demais
Bia e o amigo poeta, blogueiro e gentleman, mensageiro de algumas amigas, Rodolfo
Os filhos mais lindos e amados do mundo!
Tinha mais fotos, mas sei lá o que meu marido fez com a máquina que as fotos sumiram!
Quem tirou fotos por favor, me mandem!

Bem pessoal, meu blog estava fazendo 02 anos e eu nem lembrei...Só depois, conversando com o amigo Rodolfo é que me lembrei que era por esses dias!
Pois então, foi ontem, dia 03/06...no mesmo dia do lançamento...sou tão desligada pra essas coisas de datas, que passou batido: esqueci mesmo!
Há dois anos atrás criei o meu Café com Bolo que tantas alegrias tem me dado, que tantos amigos tem me trazido. Nunca poderia imaginar que ele me levaria a trilhar os caminhos que venho trilhando...
Bom demais, comemorar com uma noite de autógrafos e em Niterói, cidade que amo, que me adotou e aonde vivo!
Foi uma noite deliciosa, repleta de surpresas boas.
Obrigada Paulinho, meu amigo querido, que mesmo cheio de problemas foi lá me dar seu abraço e ainda tirou algumas fotos pra mim...rsrs
Obrigada cunhada, afilhada, Márcio, Amanda, amigos especiais que não estão nas fotos...espero que alguém me mande as que falharam...
O pessoal do Bistrô do MAC foi super simpático. Obrigada aos garçons, ao maitre Sílvio, à Verônica, enfim, a todos os que lá trabalham pela sua gentileza.
E ainda tive o privilégio de conhecer o amigo e poeta Rodolfo, ao vivo e conversamos muito. Foi ótimo!
Bem, foi isso.
Estou feliz. Mais uma etapa cumprida e com sucesso! Faltou gente? Claro que sim... mas quem foi, me encheu de carinho e me honrou com suas presenças. Sou grata à todos, de coração.
Beijão,

sexta-feira, 3 de junho de 2011

É Hoje!

Hoje será o lançamento do meu livro em Niterói. Como já disse antes, mas não custa lembrar: No Bistrô do MAC, às 18:30hs, Mirante da Boa Viagem, Niterói.
Não estou naquele stress como da primeira vez, quando foi tudo tão confuso e angustiante que nem curti direito o meu primeiro livro publicado. Mas, agora vai ser diferente, estou cheia de energia e com o coração mais calmo...Claro que dá um friozinho na barriga. Dá medo de não ir ninguém ou de ir gente demais...aquela aflição própria de quem dá uma festa.
Mas vai dar certo! Será o que tiver que ser. Quem for será muito bem vindo, quem não puder ir, não pode, enfim, já aceito o que a Vida tem me dado, senão de bom grado, pelo menos com a certeza de que fiz o que podia, dei meu melhor.
Agradeço a todos que tem me dado força, seja publicando posts e fazendo resenhas, seja elogiando, me apoiando, me empurrando pra frente.
Depois conto como foi tudo.

Hoje também a querida amiga Cris do Canto de Contar Contos está publicando um conto meu no seu blog...E, por incrível que pareça, ontem, dia 02, foi dia das prostitutas! Nem sabia que havia um dia dedicado à elas. Meu conto é sobre elas. Coincidência? Talvez, pois já estava programado há mais de uma semana pela Cris e eu escrevi esse conto com....17 anos! Dei uma melhorada nele recentemente, mas o âmago do conto foi escrito há 36 anos atrás.
Meu caminho era mesmo esse. Não de ser puta...rsrsrs  Mas sim, o de escrever. A cada dia me convenço mais disto...e lendo o que escrevi na juventude, tenho mais certeza ainda de que o caminho está sendo trilhado, talvez tardiamente, mas ainda em tempo.
Beijo a todos!
Aqui vou eu!